Dr. Luiz Marcelo Chiarotto Pierro
Um amor incondicional, com
doação, carinho e amor. Pais e mães são vistos como figuras quase sagradas. Mas, essa não é uma realidade em todas as famílias.
Pais tóxicos costumam ser grandes responsáveis por violência no lar e traumas
psicológicos que são levados por toda a vida. Sob pressão, algumas pessoas podem ceder aos desejos e expectativas da
família em detrimento de suas próprias aspirações e objetivos.
Com o tempo, isso acaba resultando em infelicidade
e arrependimento a longo prazo. Quando ocorre desde cedo na pessoa, essa
atitude torna o indivíduo incapaz de tomar atitudes por conta própria, uma vez que sempre está
esperando que alguém lhe diga seus deveres e objetivos. Cobranças, agressões físicas e verbais e violência
psicológica são alguns dos comportamentos desses tipos de familiares. A sensação de estar constantemente
pressionado a atender ao que a família espera causa preocupação, insegurança e
tensão emocional, dificultando o aproveitamento saudável do processo para
tentar atingir determinados objetivos.
É o caso de apresentar mau desempenho acadêmico não por falta de
competência, mas com medo de não estar à altura esperada.
São sinais de pressão psicológica familiar, uma relação tóxica entre
pais e filhos, isso é, pais tratando mal seus filhos, causando um sentimento
ruim sempre que o filho precisa realizar alguma tarefa. Egoísmo, exposição
familiar em excesso, autoritarismo e intolerância, com cobranças excessivas pela
perfeição em praticamente todos os aspectos da vida dos filhos. Incluindo desde
a carreira profissional até relacionamentos amorosos. Dentro desse cenário, a
intolerância dá as caras quando algo contrário à opinião dos pais é prontamente
rechaçado, rebaixado e desconsiderado.
Pais tóxicos tentam manipular os filhos de uma
forma emocional e física, com a imposição da figura de autoridade e chantagem
emocional. Má comunicação, como não há qualquer sentido de paternidade /
maternidade, de interesse em contribuir para o desenvolvimento do filho, a
comunicação entre as partes é severamente afetada. Não há diálogos leves,
brincadeiras, conversa do dia a dia. Somente há cobranças, humilhações e pressão familiar exagerada.
Aqueles que enfrentam abusos psicológicos frequentemente experimentam
uma sensação de infelicidade, mesmo quando aparentemente desfrutam da vida que
desejam, muitas vezes experimentando tristeza sem compreender a origem.
Indivíduos nessa situação podem manifestar sintomas característicos da depressão, como a tendência a chorar, anedonia (incapacidade de sentir prazer ou se divertir), ansiedade, medo e uma perda de interesse em tudo. Essa combinação de sensações leva a uma diminuição do brilho na vida. As experiências que refletem suas habilidades e capacidades acabam empobrecendo, resultando em uma redução do seu potencial vital. Sentimentos ou pensamentos de desvalorização e falta de amor, ausência de empatia e conexão amorosa.
O estresse e a ansiedade que a vítima enfrenta são tão intensos que a
levam a permanecer em um estado constante de alerta, motivado pelo receio de
desagradar ou decepcionar o agressor. Esse tipo de relação provoca uma sensação
de incapacidade, medo, baixa autoestima e uma paralisia dentro do
relacionamento. A violência psicológica pode ser tão angustiante quanto a
violência física ou sexual.
Para além dos impactos na saúde mental, há também consequências diretas
ou indiretas na saúde física. "Por exemplo, distúrbios no sono
relacionados a privação, qualidade inadequada ou excesso podem gerar alterações
hormonais que afetam diversos sistemas. Além disso, podem surgir problemas
alimentares, dependência química e abuso de álcool, disfunções
gastrointestinais, condições dermatológicas, questões ortopédicas e de postura,
entre outros."
Poderíamos associar familiares tóxicos a pessoas agressivas, com
problemas como vicio e financeiro. No entanto, pais tóxicos podem ser
pessoas consideradas comuns e tranquilas, cujo comportamento perturbador seja
direcionado especificamente aos filhos.
As atitudes que refletem
características diretas da violência psicológica podem estar associadas à falta
de preparo, ao egoísmo, à pressão social por comportamentos maternais ou a uma
situação que muitos acreditam ser impossível existir: pais que não gostam de
seus filhos. Incrível né?!
E como lidar com pais que mentem,
humilham e pressionam seus filhos a tomarem atitudes diversas à vontade?
Mostre firmeza, filhos com opiniões
próprias e pouco manipuláveis podem não ser tão afetados por pais tóxicos. Veja
seus pontos fracos. Saber onde
genitores apostam para violentar emocionalmente seus filhos é um ponto
fundamental para que a proteção ocorra; desapegue-se – uma relação saudável deve ser
prioritária e vai além da relação familiar; a violência psicológica e emocional
é capaz de minar a estabilidade e a autoestima, saiba a hora de se afastar.
Se identificar algum amigo, ou filho de alguém, procure ajudar. Em caso
de agressão, não se omita e sempre procure o órgão responsável para denunciar.
Forte abraço.
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